sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Norte e Sul - Na metade do Mundo

O Equador é a linha imaginária que divide o planeta Terra em dois hemisférios, Norte e Sul. Divide igualmente as estaçoes do ano, sendo que num hemisfério é Verao enquanto que no outro é Inverno. Neste momento, a Norte há menos luz enquanto que a Sul o sol inunda a terra com o seu doçe beijar.
É também uma linha matemática cuja exemplar precisao guia barcos e navios através de complicadas cartas geográficas, é por isso uma constante presenca na vida dos pilotos e navegadores. Mesmo no nosso conforto citadino ela está lá, nem que seja no visor do GPS que comprámos para nao nos perdermos nas "complicadas" estradas que se dirigem para o nosso monte no Alentejo. É indispensável.
Contudo, apesar de todas as movimentaçoes, deslocaçoes e alteraçoes que passam por esta linha, aqui tudo permanece imutável como que provando uma imunidade à Mae Natureza. Numa teimosia inalterável, nesta linha imaginária o clima pouco altera e Noite e Dia sao gémeos com as mesma duraçao: 12 horas, tais como os 12 meses, os 12 apóstolos, os 12 signos do zodíaco, os 12 trabalhos de Hércules. Numa harmonia e equilíbrio perfeitos, ela está lá.









Mas o Equador também é um país, "Républica do Ecuador" oficialmente. A sua capital é Quito, eu estive em Quito e Quito tem o seu charme.
Seria de esperar que para uma cidade de 2 milhoes habitantes incrustada na cordilheira andina, estes carregariam uma postura menos simpática quando comparada com cidades mais pequenas. Essa seria a análise descuidada que a maioria das pessoas faria. Nao ha que censurá-las pois é o caso de grande parte das cidades de grandes dimensoes e nao fossemos nós estar a falar duma cidade da América do Sul eu até concordaria. No entanto, os quitenses (se é que se podem chamar assim) foram uma agradável surpresa com a sua afável simpatia. Sao prestáveis sem serem submissos, alegres sem serem parvos, curiosos sem serem chatos. No fundo facilitam-nos a vida com o seu positivismo.
Mas a cidade nao é so as pessoas mas também o que elas construiram e ainda constroem: Sao igrejas carregadas de dourados momentos históricos, sao os vizinhos Andes, é um café com uma vista soberba, sao divertidos autocarros eléctricos e uma basílica onde facilmente se passam 2 horas vagueando pelas suas altas torres. Enfim, um parque de diversoes em plena capital. Nao é dificil passar o dia em Quito, as distraccoes aqui sao inúmeras. Sinto que nao usei nem metade do seu potencial e por isso, mais uma vez sinto que devo voltar.
Por último surge o Equador, essa teimosa linha imaginária... Nao sei como descrever a sensacao de passar de um lado para o outro. Ao inicio nao parece carregar qualquer tipo de sentimento ou emoçao mas passados uns breves instantes damo-nos conta: "Passei a metade do Mundo!!!"





















6 comentários:

  1. Que bom ler-te Francisco! Que bom que nos vai conduzindo na tua viagem! Acho que um dia vou seguir as tuas pegadas. :)
    AMEI o vídeo! ;)
    Tenho-te bem perto.
    Um abraço forte aqui do norte!!

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  2. ler cada frase tua é como fechar os olhos e viajar contigo =) obrigado pelas partilhas e por cada emoção !

    o video é mm a tua cara (fez recordar uma pequenina viagem de Condeixa a Algés, com risos e afins )
    beijinhos pulGa !

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  3. Oi Francisco!

    Vocês são uns PARVOS mesmo!! ahaha Aquele vídeo está muito "tosco", como nós diríamos aqui! Ri muito!! hehe

    E é bem gira mesmo essa cidade! Tem "bom aspecto", fiquei com vontade de visitar...

    Continue com o seu blog, que eu me divirto com suas aventuras!

    Beijinhos!!
    Thais

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  4. Boa Francisco, a Carmo já me pôs a par das novidades do Equador e do princípio da Colombia. Cada um tem o seu ponto de vista, mas pelo que me disseram, o Equador é mesmo um sítio divertido a não perder. Continua.

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  5. Olá Básico!
    Já não escrevo ha algum tempo aqui nos coments, desculpa ai...
    A tua mãe ralhou-me por não andar a escrever. O ralhete foi particularmente severo pois foi dado no proprio dia de Natal!
    Enfim, já recomposto desta dura punição verbal (não tem mal, eu fui habituado), venho aqui deixar-te uns apontamentos e um abraço.
    A Pretinha recebeu o teu postal da Bolivia ou pelo menos o que restava dele e a Maria Carla Fevereiro está a ver se afiambra os presentes que tu nos mandaste, sob o pretexto de nós não combinarmos um programa para lhe facilitar a logística...
    Entretanto está a decorrer uma acesa polémica sobre aquele dizer dos antigos: "até amanha se Deus quiser"...Acontece que o São Tiago, nosso padroeiro, refere-se na sua epistola à presunção de falarmos daquilo que iremos fazer no futuro pois só teremos Futuro "se Deus quiser"...O miguel continua imutavelmente contra mas eu tenho as minhas duvidas se não seria bom repensarmos esses dogmas da HRC. Estes dogmas são na verdade do Miguel, que exercendo erroneamente, e atrevo-me a dizer hereticamente, a sua presssão de primo mais velho, nos levou a todos por maus caminhos.
    Enquanto escrevo estas linhas no estilo classico dos duelos disciplinares da HRC lembro-me da Thais e de outros nossos amigos brasileiros que ao lerem isto vão ficar definitivamente convencidos de que , nós portugueses, somos todos uns Torquemadas...

    Tenho feito o teu ritual da caneta ao iniciar o estudo,

    um abraço amigo,

    Diogo Ramalho

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  6. Francisco, essa "polémica" que está a decorrer aqui entre membros da HRC vai precisar do teu desempate.

    Mas conto contigo para veres a razão neste assunto do "até amanhã se Deus quiser". Sempre foste um crítico dessa expressão e não creio que vás mudar agora.

    O Padre (ou Curcivaldo, como agora se auto-denomina) está a ser vítima de uma mal-interpretação de um texto de São Tiago, parece-me que ao bom estilo dos fundamentalistas que originaram em tempos coisas como a Inquisição.

    Eu li a referida epistola e entendi a mensagem geral. No entanto é preciso contextualizar, e não esquecer tudo o resto que está também escrito, desde o Antigo Testamento. Bem sabes que estou a ler o Grande Livro (vou no Eclesiástico), e que encontrei inúmeras passagens que servem para defender solidamente o nosso ponto de vista).Tenho fortes argumentos (que tentei exprimir a sua excelência Curcivaldo) para continuar a não adoptarmos indiscriminadamente essa expressão, que não foi intencionada para ser usada tão levianamente quanto os antigos o fazem.

    E por último acrescento: à medida que vou lendo o Antigo Testamento sou levado a sentir-me mais tolerante e compreensivo face ao mundo que me rodeia. Isto, ao contrário do que o Saramago diz - que o Livro está cheio de castigos, punições e intolerâncias... (acho que foi isso que ele disse).

    Não me é possível entender todas as mensagens da Bíblia (é preciso ter estofo), mas a da tolerância é-me muito evidente. Já o Saramago nem essa captou. Pois bem: é um ignorante.

    Um abraço.

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